Perante a muita estima que nutrimos pelo nosso autarca viseense, Almeida Henriques, sempre que ele pode ser de algum modo posto em causa por qualquer inabilidade, disfuncionamento de serviços, despesismo, excesso de protagonismo, “política de eucalipto” ou outras, ficamos num estado de pré-angústia viral e divididos entre o desejo de fazer dele um autarca melhor, didacticamente o alertando, ou deixá-lo ao “Deus dará” de seus actos e dos de seus indefectíveis cortesãos/conselheiros, nem sempre afinados pelo diapasão da competência.
Desta feita, estas perpétuas obras do rapa e tira alcatrão tornaram-se um desespero “empastihador” para milhares de utentes da estrada, que com os irritantes condicionamentos do tráfego, perdem tempo precioso em bichas longas de perder de vista, rogando imerecidas e desesperadas pragas ao nosso tão apreciado e valeroso presidente da edilidade.
Por outro lado, o alcatrão por esses arruamentos e vias fora despejado, deve ser de plástico, pois gasta-se tanto que está sempre a precisar de manutenção, reparação, substituição. Será que é alcatrão de refugo? Não acreditamos! Os veículos sobre ele circulantes é que devem ter pneus de piso excessivamente duro, assim como também deve ter decuplicado o afluxo viário na nossa bela cidade, provocando, por excesso, esta erosão prematura dos “tapetes”.
Ninguém ignora que o progresso e a melhoria de qualidade de vida dos munícipes tem muitos e acrescidos custos, mas será que justificaria dar pretextos aos detratores, que já cochicham por aí que quando o tempo não dá para festas tem de dar para aparentar tal espírito de dinamismo crónico, a provar à saciedade que este executivo não dá descanso à cidade, na sua mor preocupação de diligenciar resmas de qualidade de vida quotidiana para todos os seus concidadãos?
É pena que o zeloso afã não se alargue aos impostos, sempre em alta; que se fale tanto na futura privatização da água; que se vá esburacar o centro histórico todo para fazer uns subterrâneos parques de estacionamento, quando o de Santa Cristina está às moscas… e etc.
Por isso, preclaro Almeida Henriques, creia nesta mera pedagogia que graciosamente lhe veiculamos, com a muita estima que não ignora termos por si, e pare um pouco esse tão estrénuo bulir. Pela nossa rica saúde…