Filomena Pires, da CDU, na Assembleia Municipal de Viseu acusou Almeida Henriques de pretender privatizar, a breve trecho, as Águas de Viseu.
Sabemos o que isso significa e se não soubéssemos bastava olharmos para as Águas do Planalto SA, fornecedores de Tondela, Santa Comba Dão, Carregal do Sal, Mortágua… para percebermos que o líquido que é de todos, exorbitantemente vendido a privados, atinge custos insuportáveis para o consumidor.
Mas acusa-o ainda de pretender privatizar a recolha de resíduos sólidos urbanos do concelho (lixo).
No fundo, tira-se a ilação, a ser confirmado o intuito, que Almeida Henriques quer vender tudo a alguns, numa sanha desaforada de tudo deixar nas mãos dos privados. Para quê?
Talvez já não lhe cheguem os elevados impostos cobrados aos munícipes, que lhe permitem atordoar por aí em quem lhe dá eco, “ter mais 10 milhões de euros” em caixa do que os deixados por Fernando Ruas. Onde os foi buscar? Precisará de muito mais para as extravagâncias, megalomanias e festarolices com que deslumbra o pagode.
Diz o povo com sapiência: “Com festas e bolos se enganam os tolos.” Será?
Na mesma Assembleia, questionado por Adelaide Modesto, do PS sobre as “festas e festinhas”, Almeida Henriques, agastado, respondeu “que têm ajudado a aumentar a ocupação hoteleira”.
Se esse é o objectivo, então, porque não adoptar definitivamente o esquema de financiar directamente hotéis, albergues, pensões e hospedarias com o dinheiro sacado aos munícipes, em impostos, proporcionalmente à dimensão e número de quartos de cada um?
Este autarca é uma fonte inesgotável de bizarras surpresas.
E nós que tanto o queríamos gabar por algo de positivo.
Ufa, amanhã há mais…