A fé move montanhas… e o autarca José Morgado

    “A fé que não dói é muito fácil de crer; a fé que não se pode praticar sem dor é muito dificultosa de admitir.” P. António Vieira     O estimado José Morgado, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva e presidente da CIM – Viseu Dão Lafões, um jurista de […]

  • 11:18 | Quinta-feira, 18 de Agosto de 2016
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“A fé que não dói é muito fácil de crer; a fé que não se pode praticar sem dor é muito dificultosa de admitir.”
P. António Vieira
 
 
O estimado José Morgado, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva e presidente da CIM – Viseu Dão Lafões, um jurista de reconhecido mérito antes de se tornar um autarca empenhado, vem há meses a esta data a sofrer as agruras da missão que o têm tolhido, pela “excruciância” de dores ciáticas temíveis. Também nós bem sabemos o que isso é, infelizmente…
Pudera! Que uma coluna vertebral aguente uma presidência, ainda vá… Agora duas!?
Porém, foi com o mais fervoroso júbilo que o vimos, estóico, hirto e ainda plácido como um mártir, a empunhar a vara frontal direita do andor de Santo António na procissão da Festa de Nª Sª de Fátima, realizada a 15 de Agosto na “velha Barrelas de um sino”.
A devoção de cada um e a humildade penitente da sua assunção é sentimento e gesto que enobrece o ser humano. O homem que carreia às espaldas supliciadas o peso do orago local, seja em rijo castanho ou no mais mole gesso – não está em causa! – simboliza a grandeza da fé e a imagem pública de quem se verga aos seus desígnios.
Esta humanidade crente é um exemplo para agnósticos, incréus, ateus e a password mística para o ente dorido que na Igreja se acolhe, como monge em clausura, para sopesada ponderação de sua cruz, no calvário de sua tão lídima missão.
Outubro de 2017 ainda vem longe, por isso e neste crescendo de Luz, não estranhamos, de hoje a um ano, ver este edil autoflagelando-se, de tronco nu sangrando, na procissão de Santo António, padroeiro dos aflitos.
Acabamos parafraseando de novo Vieira…
“Há homens que são como as velas; sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros.”

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Publicado em Editorial