Soubemos hoje, à hora da bica matinal e por um diário local, que a CMV vai poupar na recolha do lixo.
Óptimo, pensámos. É bom ter uma autarquia que pensa nos gastos e na sua contenção.
Porém, nesta decisão há qualquer coisa a soar a falsete…
1º Este executivo é pouco dado a poupanças. E bem lo temos visto nas festarolices constantes que por aí abundam e ainda agora o voltámos a ver com as centenas de milhares de euros gastos na volta a Portugal em duas rodas;
2º A recolha do lixo passa a ser encargo do Planalto Beirão que congrega 19 municípios e faz o tratamento dos SRU (resíduos sólidos urbanos) evitando as lixeiras municipais. Esta associação tem um conselho directivo maioritariamente rosa, comanditado por Mário Loureiro, presidente da Câmara de Tábua, Leonel Gouveia, de Sta. Comba Dão, Rogério Abrantes, do Carregal do Sal, José Jesus, de Tondela e José Norte, de Mortágua.
Quanto vão custar estes serviços agora alienados à CMV?
3º O lixo sempre foi um quebra-cabeças deste executivo, que nunca teve capacidade para o resolver com “limpeza”. Agora Viseu beneficiará com esta transferência de competências? Ou piorará? O que vão lucrar os munícipes/utentes e pagadores destes serviços?
4º Alegam que os recursos humanos serão incluídos na limpeza urbana. O que permite pensar que com as fileiras amplamente engrossadas com “almeidas” teremos uma cidade enfim mais limpa. Mais limpa para além da “parada”, que essa é tão mais polida quanto os outros espaços são destratados. Ninguém o ignora.
5º Ademais, os euros poupados (?) sempre darão para mais 4 ou 5 festarolas. Quanto ao lixo, vamos todos andar atentos e tentar perceber porque falhou AH também nesta área onde Fernando Ruas era atentíssimo. E a prova mais cabal desse falhanço, disfarçado de putativa poupança, é a entrega a terceiros de tarefa que não logrou ou não soube cumprir.
Afinal, mais uma, a juntar a tantas outras…