Três curtos casos de um domingo sem graça…

    Um cidadão entra com a sua legítima senha no Portal das Finanças. Acede aos seus dados. Apenas pretende pagar o IUC. “O serviço não está disponível” é a única informação que encontra. E porém, decerto que o serviço estará disponível para emitir a coima e a respectiva notificação ameaçadora que pode ir até […]

  • 14:45 | Domingo, 13 de Dezembro de 2015
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Um cidadão entra com a sua legítima senha no Portal das Finanças. Acede aos seus dados. Apenas pretende pagar o IUC. “O serviço não está disponível” é a única informação que encontra. E porém, decerto que o serviço estará disponível para emitir a coima e a respectiva notificação ameaçadora que pode ir até à penhora de bens por incumprimento dos deveres fiscais.
E a um serviço publico que incumpre o que sucede?
Quem julga estes funcionários da administração pública por detrás desta trituradora má programação sem rosto?
De que modo e ao fim de quantos infrutíferos actos impugnativos pode o cidadão/utente cumpridor lutar contra esta tenebrosa e unilateralmente ineficiente máquina tributária?
 
Um colaborador do RD escreveu sobre uma visita ao museu do Quartzo e acerca da má recepção por parte de uma “altiva” funcionária responsável (?).
Infelizmente é vulgar tal acontecer na rede museológica da autarquia viseense. A nós, pessoalmente, aconteceu-nos semelhante rábula de arrogante boçalidade numa tentativa de visita ao espólio do historiador José Coelho situada naquela que foi a casa do Dr. Ribas de Sousa, a Casa do Miradouro e no museu do Linho, na Várzea de Calde, ao contrário do que nos sucedeu, por exemplo, no Museu Terras de Besteiros, Museu do Caramulo, Museu de Lamego, Núcleo Museológico de Salzedas, etc.
Parece que aquela gentinha tem alguma coisa a esconder, medo ou… prosaicamente, é zelosa cumpridora das directrizes emanadas da “Senhora Cambra”.
No fundo, atitudes desfasadas dos intuitos difusores/divulgadores do espólio cultural exposto naquilo que de muito bom tem para mostrar, como é caso do museu de Várzea de Calde, obra grandiosa levada a cabo pelo nosso estimado colaborador Alberto Correia e, agora, nas directivas mãos de uma discreta senhora nomeada pela autarquia.
Na maior parte dos museus são autorizadas fotografias, não sendo permitido o uso do flash pelos eventuais danos que pode causar, embora não estejamos a ver que tal seja plausível num mineral com a dureza e consistência do quartzo, no vertente caso.
Isto levantaria ainda outra polémica que se prende com a colocação em muitos lugares de alguma responsabilidade de “colaboradores” um pouco ao arrepio da meritocracia. É que se mais assazmente a competência fosse critério de selecção, o nosso património –  sim porque é nosso e não deles –  teria mais ridente sorte.
 
O escândalo das máfias chinesas por detrás da confecção de vestuário de grandes grupos mundiais levanta a ponta do véu sobre a desmesurada cupidez que subjaz à maioria das mega fortunas do planeta. Consubstanciadas na mais vil exploração de seres humanos que trabalham 20 horas por dia 30 dias por mês, mostram mediaticamente a pink life destes “negreiros” do século XXI, pilares sociais respeitadíssimos, exemplos empresariais, sonhos de sucesso invejados por qualquer respeitável cidadão…
Apesar de tudo temos uma leve alternativa que se concretizada por muitos se pode tornar em pesada penalização: deixar de comprar produtos das marcas envolvidas.
Simples, não é?
 
(foto DR)

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Publicado em Editorial